sábado, 26 de janeiro de 2013

Actos dos Apóstolos - Os bêbados de Pentecostes






Bebedeiras só depois do almoço

Em Actos 2:1-4 é descrita uma assembleia (não se percebe se esta seria composta pelas 120 pessoas mencionadas em Actos 1:15 ou se era apenas composta pelos 12 apóstolos), no dia de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa (ou da morte de Jesus), em que os participantes receberam o Espírito Santo sob a forma de uma chama de fogo, que poisou sobre cada um deles, e que ganharam o poder de falar em líguas estrangeiras (tiraram o curso completo sem ter de estudar ...).

Imediatamente estes espalharam-se por Jerusalém para falar às pessoas de língua estrangeira, principalmente judeus que tinham vindo de todas as partes do mundo para as festividades. Uns ficaram admirados por ouvirem galileus a falar nas mais variadas línguas, mas outros começaram a zombar e a insinuar que eles estavam bêbados:
Actos 2:13-15 E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto. Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Pois estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto que é apenas a terceira hora do dia.

Pedro, em defesa, disse que os seus homens não estavam bêbados porque ainda era muito cedo, apenas nove ou dez horas da manhã (“terceira hora do dia”). Se este episódio tivesse ocorrido da parte da tarde, Pedro já teria de fazer um teste de alcoolemia aos companheiros para poder certificar-se do seu estado de sobriedade!

Todo este episódio teria o propósito de “explicar” aos crentes do século II como é que o cristianismo se espalhou tão depressa, em escassas décadas, através de povos de vários idiomas e culturas. Mas é provável que o cristianismo já existisse muito antes disso, com um progresso mais lento ao longo do tempo. Existiria antes do tempo atribuido ao Jesus dos evangelhos, sob muitas formas e designações. O Jesus Nazareno pode ter surgido a partir do desejo de alguns crentes criarem um enquadramento histórico para uma encarnação de Cristo.

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